Open Banking no Brasil

Através do Open Banking estão surgindo novos modelos de negócios digitais pelo mundo, mas o que isso significa para você e sua empresa?

Por Rodolfo Cunha, diretor da Senior Solution

Através do Open Banking estão surgindo novos modelos de negócios digitais pelo mundo, mas o que isso significa para você e sua empresa?
Através do Open Banking estão surgindo novos modelos de negócios digitais pelo mundo, mas o que isso significa para você e sua empresa?

As inovações tecnológicas têm causado mudanças profundas e constantes no comportamento das pessoas, o que as tornam cada vez mais exigentes. A expectativa por serviços conectados, ágeis e baratos é constante e todos os mercados têm se adaptado a essa nova realidade, não sendo diferente para os bancos.

As fintech´s (startups do mercado financeiro) têm gerado experiências inovadoras aos consumidores de serviços bancários, permitindo um incremento de valor percebido pelo cliente o que por si só já seria ótimo e ainda atrelado uma redução nos custos.

Levantamentos recentes no Brasil já existem mais de 150 fintch´s oferecendo serviços à população bancarizada ou não.

Boa parte disso é atribuído ao que chamamos de Open Banking.

Open Banking é a abertura das informações bancárias dentro de um ecossistema digital através das API’a (Interface de Programação para Aplicações). Na pratica significa liberar o acesso a alguns dados, serviços e produtos para outras empresas, que por sua vez agregam facilidades ao processo financeiro como um todo gerando ao usuário final uma experiência muito positiva. Os bancos também ganham com este processo, aumentam sua capilaridade e reduzem os riscos, visto que as informações trocadas com estas empresas sobre sua base de clientes são mais confiáveis, o que permite uma melhor análise de risco e consequentemente uma oferta melhor.

Estes recursos já estão em uso avançado em outros países e inclusive regulamentada. Como por exemplo podemos citar o PSD2 (Diretiva de Serviços de Pagamento), que entrará em vigência a partir de janeiro de 2018 na UE (União Europeia) que obriga todos bancos a disponibilizem API’s.

No Brasil ainda estamos em uma fase de análise e de definição de uma regulamentação que permita ao mercado mais flexibilidade sem trazer riscos ao nosso sistema financeiro. Temos alguns benchmarks como Inglaterra, Hong Kong e Cingapura que estão sendo observados. O que se tem convicção é um caminho sem volta, que os bancos e órgãos regulamentadores terão que se adaptar ao novo patamar de exigências do consumidor.