AI-Powered Lawyering: Modelos de Raciocínio e Retrieval Augmented Generation no Futuro da Prática Jurídica

A integração de tecnologias avançadas de inteligência artificial na prática jurídica está revolucionando a forma como os advogados realizam seu trabalho. Pesquisas recentes, particularmente o estudo randomizado conduzido por Schwarcz et al., demonstram que ferramentas baseadas em Retrieval Augmented Generation (RAG) e modelos de raciocínio jurídico de IA podem aumentar significativamente a produtividade em tarefas jurídicas complexas – com ganhos de 34% a 140% em diferentes cenários6. Essas tecnologias não apenas melhoram a eficiência, mas também a qualidade do trabalho jurídico, com redução significativa de “alucinações” (informações fabricadas) quando comparadas com modelos anteriores de IA generativa. O futuro da advocacia parece estar na combinação sinérgica entre RAG, que fundamenta a análise em fontes jurídicas confiáveis, e modelos de raciocínio estruturado, que organizam o pensamento complexo antes de gerar resultados.

Fundamentação Teórica: Conceitos e Evolução

Retrieval Augmented Generation (RAG)

O RAG representa uma estrutura inovadora que integra inteligência artificial generativa com recuperação de dados específicos do domínio jurídico. Este framework combina a capacidade generativa dos grandes modelos de linguagem (LLMs) com a recuperação precisa de informações de fontes confiáveis2. No contexto jurídico, o RAG recupera documentos de um mecanismo de busca e os utiliza como entrada para modelos de linguagem, garantindo que a resposta seja fundamentada em fontes jurídicas autorizadas em vez de depender apenas da memória do modelo12. Esta abordagem reduz significativamente erros e assegura confiabilidade na recuperação de dados, um aspecto crítico para o trabalho jurídico de precisão10.

O processo de RAG envolve etapas distintas de recuperação, aumentação e geração. Na fase de recuperação, o sistema busca em bases de dados jurídicas por informações relevantes sobre questões específicas. Durante a aumentação, estas informações são incorporadas ao contexto do modelo de linguagem. Finalmente, na geração, o sistema produz respostas que combinam o conhecimento geral do modelo com as informações específicas recuperadas, resultando em conteúdo mais preciso e contextualmente relevante15. Esta metodologia é particularmente valiosa no direito, onde a precisão e a fundamentação em fontes autorizadas são imperativas para a prática profissional.

Modelos de Raciocínio Jurídico de IA

Os modelos de raciocínio de IA são projetados para estruturar o pensamento complexo antes de gerar resultados. Eles analisam grandes volumes de dados jurídicos, identificam padrões relevantes e geram insights que auxiliam profissionais na avaliação de casos, previsão de resultados e otimização de fluxos de trabalho3. Utilizando técnicas avançadas de processamento de linguagem natural (NLP) e aprendizado de máquina, estes modelos podem processar textos jurídicos complexos, como estatutos, jurisprudência e contratos, extraindo informações cruciais que fundamentam a tomada de decisões legais34.

Uma aplicação fundamental destes modelos é a análise preditiva, onde a IA estima a probabilidade de resultados jurídicos específicos com base em dados históricos. Por exemplo, um modelo treinado em dados de disputas trabalhistas pode prever probabilidades de acordo com base em fatores como duração do caso, demografia do reclamante ou tendências específicas do juiz3. Esta capacidade preditiva oferece aos advogados informações valiosas para aconselhar clientes sobre a viabilidade de litígios ou negociações de acordos, transformando fundamentalmente o processo de consultoria jurídica.

Técnicas Avançadas de Raciocínio

A evolução das técnicas de raciocínio em IA jurídica tem produzido abordagens cada vez mais sofisticadas:

Chain-of-Thought (CoT) representa um método onde o modelo de IA divide explicitamente um problema em etapas sequenciais de raciocínio lógico antes de chegar a uma conclusão13. Em vez de gerar respostas imediatas, o CoT força a IA a articular seu processo de pensamento, melhorando significativamente a precisão em tarefas jurídicas complexas713.Esta abordagem simula o raciocínio estruturado dos profissionais jurídicos, resultando em análises mais robustas e transparentes que podem ser verificadas quanto à sua validade lógica.

Tree-of-Thought (ToT) expande o conceito de CoT introduzindo a exploração de múltiplos caminhos de raciocínio7.Este método permite que a IA avalie diferentes linhas de argumentação jurídica antes de selecionar a mais convincente ou apropriada, refletindo melhor o processo real de análise jurídica, onde múltiplas interpretações são frequentemente consideradas7. A capacidade de explorar ramificações alternativas de raciocínio torna esta técnica particularmente valiosa para questões jurídicas complexas onde não existem respostas simples.

Chain of Logic emerge como um método específico para raciocínio baseado em regras jurídicas, decompondo regras em elementos constitutivos e depois recombinando as respostas usando operações lógicas apropriadas48. Esta técnica, inspirada no framework IRAC (Issue, Rule, Application, Conclusion) utilizado por advogados, demonstrou superar consistentemente outros métodos de raciocínio em tarefas jurídicas baseadas em regras19. O Chain of Logic opera através de um processo sistemático de decomposição (resolver elementos como linhas independentes de lógica) e recomposição (recombinar essas sub-respostas para resolver a expressão lógica subjacente)8.

Análise Comparativa: Implementações e Resultados

Estudo Pioneiro: RAG vs. Modelos de Raciocínio

Um estudo inovador conduzido por Schwarcz et al. realizou o primeiro ensaio clínico randomizado avaliando estas tecnologias emergentes16. A pesquisa atribuiu a estudantes de direito de nível superior a conclusão de seis tarefas jurídicas utilizando: uma ferramenta jurídica com RAG (Vincent AI), um modelo de raciocínio de IA (OpenAI’s o1-preview), ou nenhuma assistência de IA1. Os resultados foram notáveis, demonstrando que ambas as tecnologias de IA aprimoraram significativamente a qualidade do trabalho jurídico, um contraste marcante com pesquisas anteriores que examinavam modelos de linguagem mais antigos6.

A análise detalhada dos resultados revelou que a assistência de IA aumentou significativamente a produtividade em cinco das seis tarefas jurídicas testadas. O Vincent AI (baseado em RAG) gerou ganhos estatisticamente significativos de aproximadamente 38% a 115%, enquanto o o1-preview (modelo de raciocínio) aumentou a produtividade em 34% a 140%16. Os efeitos foram particularmente pronunciados em tarefas complexas como a redação de cartas persuasivas e a análise de reclamações, sugerindo que estas tecnologias oferecem maior valor em trabalhos jurídicos de maior complexidade e sofisticação.

Qualidade e Precisão: O Desafio das Alucinações

Uma distinção crucial entre as duas abordagens emergiu em relação às “alucinações” – quando a IA gera informações falsas ou fabricadas, um problema particularmente grave no contexto jurídico1. A análise revelou que o o1-preview melhorou significativamente a profundidade analítica do trabalho dos participantes, mas resultou em algumas alucinações preocupantes. Em contraste, os participantes que utilizaram o Vincent AI (baseado em RAG) produziram aproximadamente a mesma quantidade de alucinações que participantes que não utilizaram IA16.

Esta descoberta destaca uma vantagem significativa da abordagem RAG: ao fundamentar as respostas da IA em fontes jurídicas confiáveis, o RAG mitiga substancialmente o risco de alucinações, um requisito fundamental para a adoção confiável de IA no direito1012. O estudo sugere que a integração de capacidades RAG específicas do domínio com modelos de raciocínio poderia produzir melhorias sinérgicas, combinando a precisão do RAG com a profundidade analítica dos modelos de raciocínio6.

Framework IRAC na IA Jurídica

O framework IRAC (Issue, Rule, Application, Conclusion) representa uma abordagem sequencial de raciocínio amplamente utilizada por advogados que tem inspirado significativamente o desenvolvimento de técnicas de IA jurídica819. Este método estruturado inclui: identificação clara do problema e fatos relevantes (Issue); apresentação das regras aplicáveis de forma estruturada (Rule); decomposição da regra em elementos lógicos, avaliação independente e recombinação (Application); e chegada a uma decisão final interpretável baseada na avaliação lógica (Conclusion)8.

A adaptação do framework IRAC para modelos de IA tem demonstrado resultados impressionantes, particularmente na técnica Chain of Logic, que segue um processo sistemático de seis etapas: estruturação de entrada, decomposição de regras, formação de expressão lógica, avaliação de elementos, síntese lógica e resolução8. Esta abordagem metodológica permite que os modelos de IA simulem o raciocínio jurídico estruturado, resultando em análises mais precisas e fundamentadas de questões jurídicas complexas.

Impactos na Prática Jurídica e Perspectivas Futuras

Transformação do Trabalho Jurídico

A adoção crescente de RAG e modelos de raciocínio está transformando fundamentalmente a natureza do trabalho jurídico em múltiplas dimensões11. Estudos demonstram melhorias de eficiência de 30% a 50% sem sacrificar a qualidade, permitindo que profissionais jurídicos concluam tarefas complexas em uma fração do tempo anteriormente necessário5. Esta eficiência aprimorada não apenas aumenta a produtividade, mas também expande a capacidade dos profissionais para atender mais clientes, potencialmente ampliando o acesso à justiça para segmentos da população anteriormente sub-representados14.

Uma consequência notável desta transformação é o nivelamento do campo de jogo entre profissionais jurídicos. Advogados juniores e profissionais menos experientes em áreas jurídicas específicas são frequentemente os maiores beneficiários destas tecnologias, pois a IA os ajuda a superar rapidamente lacunas de conhecimento5. Esta democratização da expertise jurídica representa uma mudança significativa na dinâmica tradicional do setor, potencialmente acelerando o desenvolvimento profissional e permitindo que talentos emergentes contribuam mais substancialmente desde os estágios iniciais de suas carreiras.

A automação de tarefas jurídicas rotineiras como revisão de contratos, análise de documentos e processos similares libera os advogados para se concentrarem em trabalho de maior valor estratégico35. Esta realocação de atenção para aspectos mais complexos e criativos da prática jurídica não apenas melhora a satisfação profissional, mas também eleva o valor agregado que os advogados podem oferecer aos seus clientes. A tecnologia assim não substitui o advogado, mas amplifica suas capacidades, permitindo um foco mais intenso em áreas onde o julgamento humano permanece insubstituível.

Integração Sinérgica e Inovação

A pesquisa de Schwarcz et al. sugere que a integração de capacidades RAG específicas do domínio jurídico com modelos avançados de raciocínio poderia gerar melhorias sinérgicas significativas16. Esta abordagem combinada promete mitigar as limitações individuais de cada tecnologia, oferecendo tanto a profundidade analítica dos modelos de raciocínio quanto a confiabilidade e precisão factual do RAG. O desenvolvimento de ferramentas que integram estas capacidades complementares provavelmente moldará a próxima geração de tecnologias jurídicas assistidas por IA.

A adaptação de sistemas de IA para contextos jurídicos específicos representa outra área de inovação significativa. Sistemas estão sendo desenvolvidos para alinhar-se com regras jurisdicionais específicas, garantindo que os resultados gerados sigam frameworks jurídicos apropriados3. Esta personalização é crucial para a adoção ampla de IA no setor jurídico, onde as nuances jurisdicionais frequentemente determinam a validade e aplicabilidade do conselho jurídico. A capacidade de adaptar sistemas de IA para diferentes contextos legais aumentará substancialmente seu valor prático para profissionais que trabalham em múltiplas jurisdições.

Esforços crescentes estão sendo direcionados para a validação cuidadosa destes sistemas para identificar e mitigar vieses nos dados de treinamento3. Questões como a super-representação de certos tipos de casos ou demografias nos dados de treinamento podem levar a resultados enviesados que comprometem a justiça e equidade da análise jurídica. O desenvolvimento de metodologias robustas para avaliar e mitigar estes vieses será fundamental para garantir que as ferramentas de IA jurídicas promovam, em vez de prejudicar, os princípios fundamentais de justiça e equidade que fundamentam o sistema legal.

O Futuro da Advocacia: Parceria Humano-IA

O Professor Daniel Schwarcz introduziu o conceito de “advocacia humana” para enfatizar uma distinção crucial no futuro da prática jurídica: a permanência do julgamento humano no ciclo de tomada de decisões5. Esta perspectiva reconhece que, apesar dos avanços significativos em IA jurídica, o discernimento, a empatia e o julgamento ético dos advogados humanos permanecem componentes insubstituíveis da prática jurídica efetiva. A visão emergente não é de substituição, mas de parceria simbiótica entre humanos e IA, onde cada um contribui com suas forças complementares.

Os modelos de raciocínio de IA estão cada vez mais posicionados como ferramentas de suporte à decisão que amplificam a capacidade dos advogados, em vez de substituí-la3. Estas ferramentas podem destacar padrões relevantes em vastos conjuntos de dados jurídicos que poderiam passar despercebidos por análise humana, fornecendo insights valiosos que informam – mas não ditam – o julgamento final do advogado. Por exemplo, um modelo analisando dados de sentenças pode revelar vieses sistêmicos em condenações relacionadas a drogas, incentivando juízes a reexaminar suas decisões à luz destas tendências identificadas3.

À medida que estas tecnologias evoluem, a natureza das habilidades jurídicas valorizadas provavelmente mudará significativamente, com maior ênfase na capacidade de trabalhar efetivamente com ferramentas de IA e interpretar criticamente seus resultados511. Esta mudança de paradigma exigirá uma transformação correspondente na educação jurídica, incorporando competências tecnológicas ao lado de doutrinas jurídicas tradicionais. Os advogados do futuro precisarão ser fluentes não apenas em lei, mas também nas capacidades e limitações das ferramentas de IA que cada vez mais mediam a prática jurídica.

Conclusão

A integração de Retrieval Augmented Generation (RAG) e modelos avançados de raciocínio está remodelando fundamentalmente a prática jurídica, oferecendo melhorias sem precedentes tanto em eficiência quanto em qualidade. O estudo pioneiro de Schwarcz et al. demonstra convincentemente que estas tecnologias podem aumentar substancialmente a produtividade em diversas tarefas jurídicas, com ganhos de até 140% em cenários ideais, mantendo ou mesmo melhorando a qualidade do trabalho jurídico16.

A combinação sinérgica de RAG, que fundamenta a análise em fontes jurídicas confiáveis, com modelos de raciocínio estruturado representa o futuro provável das ferramentas jurídicas baseadas em IA. Esta integração promete mitigar os problemas persistentes das tecnologias anteriores, particularmente as “alucinações” que podem comprometer gravemente o julgamento jurídico16. A capacidade do RAG de ancorar respostas em fontes verificáveis, combinada com a estruturação lógica dos modelos de raciocínio, oferece um caminho promissor para superar as limitações atuais da IA no contexto jurídico.

No entanto, como enfatizado pelo conceito de “advocacia humana” do Professor Schwarcz, o papel do julgamento humano permanece central na prática jurídica efetiva5. As ferramentas de IA, por mais sofisticadas que sejam, servem melhor como amplificadores do discernimento humano, não como seus substitutos. À medida que avançamos para um futuro de integração mais profunda da IA na prática jurídica, o desenvolvimento de habilidades para trabalhar efetivamente com estas ferramentas, a formulação de orientações éticas robustas para seu uso, e o reconhecimento claro de seus limites serão tão importantes quanto a expansão de suas capacidades técnicas.

O futuro da advocacia está emergindo como uma parceria adaptativa entre humanos e IA, onde cada componente contribui com suas forças únicas para um sistema integrado que supera as limitações de cada um individualmente. Esta evolução promete não apenas transformar a eficiência e qualidade dos serviços jurídicos, mas também expandir seu alcance, tornando a expertise jurídica mais acessível e aplicável a uma gama mais ampla de desafios sociais e individuais. O verdadeiro potencial destas tecnologias não está na substituição dos advogados, mas na amplificação de suas capacidades para servir à justiça de formas anteriormente inimagináveis.

Citations:

  1. https://leiterlawschool.typepad.com/leiter/2025/03/ai-and-legal-practice.html
  2. https://todaysgeneralcounsel.com/how-retrieval-augmented-generation-transforms-the-legal-industry/
  3. https://milvus.io/ai-quick-reference/how-do-ai-reasoning-models-assist-in-legal-decisionmaking
  4. https://arxiv.org/html/2402.10400v1
  5. https://abovethelaw.com/2025/02/empirical-evidence-on-the-impact-of-ai-in-law-insights-from-professor-daniel-schwarcz/
  6. https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=5162111
  7. https://www.linkedin.com/pulse/unleashing-ais-true-intelligence-how-chain-of-thought-ryan-poplin-qwwye
  8. https://learnprompting.org/docs/advanced/decomposition/chain-of-logic
  9. https://ui.stampy.ai/questions/9QKC/What-is-least-to-most-prompting
  10. https://www.cybersecurityintelligence.com/blog/revolutionizing-legal-research-and-document-analysis-with-rag-technology-7865.html
  11. https://verbit.ai/general/how-ai-could-shape-the-legal-industry-in-2025/
  12. https://callidusai.com/rag-in-legal-tech-with-callidusai/
  13. https://orq.ai/blog/what-is-chain-of-thought-prompting
  14. https://www.thomsonreuters.com/en-us/posts/legal/future-of-the-law-firm-2025/
  15. https://natlawreview.com/article/rags-glitches-large-language-models-small-law-practices
  16. https://openyls.law.yale.edu/bitstream/handle/20.500.13051/16697/76_99YaleLJ1957_June1990_.pdf?sequence=2
  17. https://webspace.science.uu.nl/~prakk101/pubs/cmna24.pdf
  18. https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=4909532
  19. https://aclanthology.org/2024.findings-acl.159/
  20. https://www.linkedin.com/pulse/peering-ai-mind-promise-limitations-chain-thought-gila-gutenberg–f9uwf
  21. https://law.umn.edu/news/2023-11-09-profs-daniel-schwarcz-amy-monahan-and-jon-choi-usc-gould-school-law-publish-study
  22. https://papers.ssrn.com/sol3/Delivery.cfm/5162111.pdf?abstractid=5162111&mirid=1
  23. https://www.linkedin.com/pulse/retrieval-augmented-generation-rag-legal-research-lexemo-llc-r4uie
  24. https://webspace.science.uu.nl/~prakk101/pubs/cmna24
  25. https://www.ibm.com/think/topics/chain-of-thoughts
  26. https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=4626276
  27. https://www.lawnext.com/2025/03/another-new-study-of-legal-ai-shows-some-models-can-significantly-improve-work-quality-and-efficiency.html
  28. https://arxiv.org/abs/2502.20364
  29. https://scholarship.law.umn.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1566&context=mjlst
  30. https://www.beinformed.com/what-is-chain-of-thought-prompting-structured-vs-unstructured-approach/
  31. https://scholarship.law.umn.edu/faculty_articles/1048/
  32. https://dl.acm.org/doi/10.1007/s10506-020-09271-3
  33. https://learnprompting.org/docs/advanced/decomposition/tree_of_thoughts
  34. https://arxiv.org/pdf/2307.08321.pdf
  35. https://www.ccbe.eu/fileadmin/speciality_distribution/public/documents/IT_LAW/ITL_Reports_studies/EN_ITL_20220331_Guide-AI4L.pdf
  36. https://relevanceai.com/prompt-engineering/master-tree-of-thoughts-prompting-for-better-problem-solving
  37. https://blog.genlaw.org/CameraReady/37.pdf
  38. https://www.frontiersin.org/journals/artificial-intelligence/articles/10.3389/frai.2023.1279794/full
  39. https://www.forbes.com/sites/lanceeliot/2023/09/08/prompt-engineering-embraces-tree-of-thoughts-as-latest-new-technique-to-solve-generative-ai-toughest-problems/
  40. https://dl.acm.org/doi/10.1007/978-981-97-5678-0_3
  41. https://www.ibm.com/br-pt/think/topics/tree-of-thoughts
  42. https://hai.stanford.edu/news/ai-trial-legal-models-hallucinate-1-out-6-queries
  43. https://www2.deloitte.com/dl/en/pages/legal/articles/grundkurs-legal-prompting.html
  44. https://openreview.net/pdf?id=J8xI94tulY
  45. https://arxiv.org/html/2404.04302v1
  46. https://www.forbes.com/sites/lanceeliot/2024/04/02/leveraging-the-prompt-engineering-technique-known-as-least-to-most-prompting-can-spur-generative-ai-to-solve-knotty-problems/
  47. https://aclanthology.org/2023.findings-acl.858/
  48. https://legal.thomsonreuters.com/blog/retrieval-augmented-generation-in-legal-tech/
  49. https://learnprompting.org/docs/intermediate/least_to_most
  50. https://decodingml.substack.com/p/rag-done-right-legal-ai-search-case
  51. https://arxiv.org/abs/2205.10625
  52. https://deepgram.com/learn/legalbench-the-llm-benchmark-for-legal-reasoning
  53. https://hyperight.com/ai-resolutions-for-2025-building-more-ethical-and-transparent-systems/
  54. https://www.linkedin.com/pulse/advanced-ai-techniques-transforming-legal-tech-rag-crag-nemani-ufeuc
  55. https://www.thinkbrg.com/news/legal-techs-predictions-for-artificial-intelligence-in-2025/
  56. https://www.fasken.com/-/media/b313030dbd324877bb741e5b6d56e9b9.pdf
  57. https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/library/commission-publishes-guidelines-prohibited-artificial-intelligence-ai-practices-defined-ai-act
  58. https://nuclia.com/rag-for-legal/
  59. https://www.lawsociety.org.uk/en/topics/ai-and-lawtech/partner-content/how-ai-is-reshaping-the-future-of-legal-practice
  60. https://www.forbes.com/sites/bernardmarr/2025/01/10/7-game-changing-legal-tech-trends-that-will-transform-law-firms-in-2025/
  61. https://hls.harvard.edu/today/harvard-law-expert-explains-how-ai-may-transform-the-legal-profession-in-2024/
  62. https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/policies/regulatory-framework-ai
  63. https://legaltechnology.com/2025/01/31/will-2025-be-the-year-of-the-legal-prompt-a-thon-we-think-so/
  64. https://semianalysis.com/2024/12/11/scaling-laws-o1-pro-architecture-reasoning-training-infrastructure-orion-and-claude-3-5-opus-failures/
  65. https://www.ibanet.org/IBA-and-CAIDP-release-report-The-Future-is-Now-Artificial-Intelligence-and-the-Legal-Profession
  66. https://www.linkedin.com/pulse/advanced-legal-prompts-claude-metaprompt-colab-paul-hankin-ix9be
  67. https://www.instagram.com/lawpolicyreview/p/DGmpnSJThb6/
  68. https://www.lawsociety.org.uk/en/topics/research/future-worlds-2050-images-of-the-future-worlds-facing-the-legal-profession-2020-2030
  69. https://contractpodai.com/news/enterprise-generative-ai-legal-teams/
  70. https://arxiv.org/abs/2201.11903
  71. https://economictimes.com/news/international/us/justin-baldonis-legal-fight-with-blake-lively-heats-up-as-lawyer-declares-if-theres-a-possibility-of-settlement-before-trial-in-may-2026-heres-where-the-case-is-headed/articleshow/119169592.cms
  72. https://www.rgare.com/knowledge-center/article/inside-the-rise-of-the-prompt-engineer-in-insurance
  73. https://unicri.org/master-laws-llm-cybercrime-cybersecurity–international-law-2025-2026
  74. https://arxiv.org/abs/2305.10601
  75. https://www.ailawlibrarians.com/2023/10/04/semantic-search-in-law/
  76. https://www.promptingguide.ai/techniques/tot
  77. https://www.frontiersin.org/journals/artificial-intelligence/articles/10.3389/frai.2023.1136263/full
  78. https://openreview.net/forum?id=5Xc1ecxO1h
  79. https://charlie-xiao.github.io/assets/pdf/projects/disc-lawllm.pdf
  80. https://www.onit.com/blog/mastering-the-art-of-legal-ai-prompting-the-3ps-framework/
  81. https://e.lexemo.com/e-blog/retrieval-augmented-generation-rag-in-legal-research/
  82. https://techlaw.co.il/en/the-year-of-ai-transforming-legal-practice-in-2025/
  83. https://unu.edu/article/ai-and-law-navigating-future-together
  84. https://everchron.com/blog/evolving-ethical-guidelines-for-ai-in-the-legal-system
  85. https://pt-br.netdocuments.com/blog/ai-driven-legal-tech-trends-for-2025
  86. https://hanzo.co/legal-tech-predictions-for-2025-whats-next-in-legal-innovation/
  87. https://www.emap.com.br/wp-content/uploads/2023/10/ARTIFICIAL-INTELLIGENCE-AND-THE-LAW-OF-THE-FUTURE.pdf
  88. https://natlawreview.com/article/what-expect-2025-ai-legal-tech-and-regulation-65-expert-predictions
  89. https://www.scielo.br/j/rdgv/a/xfgFQHzLQbJBhtPGGTzVpLc/?format=pdf&lang=en
  90. https://complexdiscovery.com/prompt-engineering-the-new-vanguard-of-legal-tech/
  91. https://souzaokawa.com.br/en/what-is-the-future-of-law/
  92. https://team-gpt.com/blog/ai-prompts-for-lawyers/
  93. https://law.stanford.edu/wp-content/uploads/2024/03/Generative-AI-Legal-Landscape-2024_CodeX-PearVC1.docx