Por que desenvolver a liderança no seu escritório contábil?

Por que desenvolver a liderança no seu escritório contábil?

Manter a equipe de um escritório contábil sempre engajada, motivada e comprometida com o trabalho, às vezes, pode ser uma tarefa bastante difícil. Porém, para os gestores inteligentes existem sempre formas melhores de se fazer isso. Estamos falando da liderança. Leia este artigo e descubra a importância dessa ferramenta de gerência para seu escritório.

A diferença do chefe e do líder

Não é difícil encontrar gestores e donos de escritórios de contabilidade que reclamem do desempenho e rendimento de seus funcionários. Também não é raro que especialistas em gestão de recursos humanos apontem que os maiores problemas que levam a esse quadro estão mais relacionados ao tipo de liderança do que propriamente ao funcionário.

Para começar e entender isso e ter uma visão ampla da importância da liderança para a eficiência em um escritório de contabilidade, precisamos antes descobrir a diferença entre os conceitos de chefe e líder.

A gestão de pessoas vem mudando bastante ao longo das últimas décadas, no entanto nos últimos anos têm abraçado verdadeiras guinadas.

Se há algum tempo a figura do chefe era o mais comum de se ver, hoje se espera uma postura muito diferente do gestor. O Chefe era o sujeito encarregado de distribuir tarefas, supervisionar atividades e cobrar resultados. Seus subordinados apenas reportavam a ele eventuais problemas e entregavam seu trabalho da melhor forma que podiam, ou ao contrário não entregavam ou demoravam sem, muitas vezes, sequer conseguir entender os motivos de atrasos, justamente, em razão do ambiente propiciado pelo chefe.

No entanto, situações assim, são extremamente complicadas em escritórios contábeis, pois sabemos que erros e atrasos podem muitas vezes se transformar em multas legais e até mesmo processos para os clientes.

No entanto, o perfil do chefe, em geral, mais contribui para esses problemas do que para criar um ambiente que diminuísse essas ocorrência ou mesmo as evitassem.

Pelo mesmo motivo, esse é um dos ramos de atividades que mais tem a se beneficiar com a implementação da gestão de pessoas com foco em resultados. Essa nova ótica de administração de recursos humanos tem como um de seus elementos centrais a liderança.

O líder, diferentemente do chefe, foca nos resultados, porém não como uma cobrança obrigatória, mas como a meta de um processo no qual ele se envolve ativamente e principalmente administrando os possíveis empecilhos para a sua realização.

Assim, ele, além de muito mais atuante que o chefe, precisa de habilidades para motivar os funcionários, consolidar e fortalecer o trabalho colaborativo e a tomada de decisões democráticas.
Precisa ser capaz de ouvir e orientar sobre diversos aspectos do trabalho e ainda possuir uma boa dose de inteligência emocional para auxiliar e resolver conflitos pessoais e organizacionais.

Assim, podemos dizer que o chefe manda que tragam o resultado. Por outro lado, o líder mobiliza as pessoas da melhor forma possível, buscando desenvolver seus potenciais e diminuir suas falhas, para que se alcance os resultados pretendidos.

Resulta disso, uma equipe muito mais colaborativa, empenhada e naturalmente com metas e resultados muito mais satisfatórios.

Implementar essa ótica de gestão pode significar diminuir e muito as falhas e os problemas decorrentes delas em seu escritório de contabilidade.

Segundo Roberto Dias Duarte,
o escritório de contabilidade precisa estar atento às diversas práticas de gestão, incluindo a liderança. Somente assim, ele conseguirá se destacar e se diferenciar no mercado.

Por que desenvolver a liderança no seu escritório contábil

Muito mais do que fornecer uma lista fria e pouco atraente de coisas que você, como pessoa bem informada e com conhecimentos, possivelmente já sabe, na teoria, vamos tentar colocar um cenário mais prático para que possamos compreender os motivos que tornam o desenvolvimento da liderança em seu escritório algo tão importante.

Para isso, vamos construir uma história que, embora seja hipotética, com certeza representa a situação de muitos escritórios.

Digamos que o proprietário de nosso escritório chama-se Marcelo e possui uma empresa média em uma das capitais. Assim, ele consegue contratar um time com bom conhecimento e formação acadêmica.

Apesar disso, tem constantes problemas com seus funcionários. Por exemplo, Everton é excelente em seu trabalho no setor fiscal, porém, ultimamente tem faltado bastante ao serviço. Carla, ainda está pegando o trabalho, porém já cometeu alguns erros por falta de atenção nas folhas de pagamento.

Problemas iguais se arrastam há anos no escritório e se espalham pelos setores.

Assim, Marcelo, o dono do escritório, não se sente confiante o bastante com sua equipe e está sobrecarregado de trabalho, pois tendo que revisar todo o trabalho de forma minuciosa e muitas vezes até mesmo corrigir erros ou suprir ausências.

Além disso, seus clientes sentem que não recebem bastante atenção dele. Isso também acontece em decorrência dessa sua sobrecarga, pois é levado a crer que precisa estar o tempo inteiro cobrando e vigiando o trabalho dos colaboradores.

O problema dessa situação está justamente na falta de liderança de Marcelo. Embora ele seja um ótimo administrador e possua um vasto conhecimento técnico em contabilidade, o que o levou a levantar uma ótima empresa, praticamente sozinho, ele assumiu uma postura de chefe.

Infelizmente, com essa postura, Marcelo não consegue motivar e envolver a equipe no trabalho. Os funcionários se sentem distantes, em um ambiente pouco colaborativo. Sentem-se frustrados, possuem medo de errar e atrasar entregas, no entanto quando alcançam resultados não sentem que contribuíram para o crescimento e desenvolvimento da empresa.

Marcelo precisa imediatamente mudar sua postura. Fazendo a virada de visão e adotando uma perspectiva de gestão com foco em pessoas e resultados seria capaz de motivar sua equipe.

Por exemplo, Everton que tem faltado muito ao trabalho, está participando de processos seletivos para outras empresas.

No momento que Marcelo se tornar um líder, ele e Everton podem ter uma conversa bastante esclarecedora sobre o desejo do funcionário de mudar de trabalho e talvez com pequenas adequações mantê-lo e ainda motivá-lo ao trabalho.

Carla na verdade não sabe de sua falta de atenção. Um líder, no lugar de um chefe, estaria muito mais apto a abordar a questão com ela e a começar a traçar planos e estratégias para diminuir essa deficiência e extrair o melhor da funcionária.

Neste artigo mostramos um pouco das questões de liderança. Felizmente, você ainda pode conhecer um pouco mais e se aprofundar em outros artigos de nosso blog.