TL;DR: O lançamento do GPT-5 gerou insatisfação generalizada entre usuários, que relatam pior desempenho em comparação com o GPT-4o e restrições de uso, como o limite de mensagens semanais. A remoção de modelos anteriores e a comunicação pré-lançamento exagerada contribuíram para a percepção de regressão e “shrinkflation”. A OpenAI precisa corrigir bugs e melhorar a experiência para reconquistar a confiança dos usuários e evitar a migração para alternativas.
Takeaways:
- Usuários do ChatGPT Plus estão insatisfeitos com as limitações do GPT-5 e a perda de acesso a modelos anteriores.
- O desempenho do GPT-5 é percebido como inferior ao GPT-4o em termos de confiabilidade e capacidade de resposta.
- A OpenAI precisa corrigir bugs, otimizar a latência e comunicar de forma transparente as melhorias.
- A percepção de “shrinkflation” (menos valor pela mesma assinatura) afeta a confiança dos usuários.
- A OpenAI corre o risco de perder usuários para plataformas concorrentes se não agir rapidamente para melhorar o GPT-5.
Reações negativas ao lançamento do GPT-5: por que usuários estão insatisfeitos com a nova atualização
Introdução
O lançamento do GPT-5 pela OpenAI, programado para substituir modelos anteriores no ChatGPT, desencadeou uma reação intensa entre usuários e assinantes. Em vez de entusiasmo, a atualização gerou críticas públicas, especialmente em comunidades como o Reddit, onde relatos de piora de desempenho e perda de funcionalidades se multiplicaram rapidamente. Esse cenário suscita questões técnicas e de expectativa: o que mudou na prática, por que a insatisfação cresceu tão rápido e quais são as implicações para quem depende da ferramenta no dia a dia?
Este artigo organiza e aprofunda o conteúdo do briefing, com foco em quatro eixos: a recepção imediata ao lançamento, as comparações com o GPT-4o, os efeitos sobre assinaturas do ChatGPT Plus e o distanciamento entre a promoção oficial e a experiência real do produto. Também discutimos a necessidade de correções, a percepção de “Shrinkflation” e os caminhos possíveis para a OpenAI reconquistar a confiança dos usuários. A abordagem é didática, neutra e baseada em informações verificáveis presentes no briefing e nas referências indicadas.
Ao longo das seções, destacamos dados concretos, como limites de uso e métricas de engajamento em redes sociais, além de sintetizar a crítica recorrente sobre confiabilidade, velocidade e valor entregue. O objetivo é oferecer uma visão clara e progressiva do problema, sem simplificações que prejudiquem a precisão, e apontar quais medidas seriam esperadas pelos usuários para que o GPT-5 cumpra seu papel de evolução e não de regressão.
Lançamento do GPT-5 e a insatisfação dos usuários
O GPT-5 foi lançado como a nova geração do modelo de IA da OpenAI e substituiu opções anteriores dentro do ChatGPT. Em vez de ganhos percebidos, muitos usuários relatam que a atualização representou uma regressão, especialmente quando comparada ao GPT-4o. Essa percepção é visível em discussões públicas: um tópico no Reddit intitulado “GPT-5 is horrible” acumulou quase 3.000 votos positivos e mais de 1.200 comentários, sinalizando um descontentamento amplo e articulado entre usuários ativos.
Parte significativa das críticas vem de assinantes do ChatGPT Plus, que consideram a atualização uma limitação de acesso e de funcionalidade. Segundo os relatos, o novo modelo GPT-5 Thinking está limitado a 200 mensagens por semana, o que restringe fluxos de trabalho intensivos e casos de uso profissionais. Além disso, a substituição forçada de modelos anteriores retirou dos usuários a possibilidade de escolher a melhor alternativa para cada tarefa, reduzindo a flexibilidade que era valorizada.
Diante dessa reação, a OpenAI é pressionada a corrigir bugs e melhorar rapidamente o desempenho do GPT-5 para evitar a migração para alternativas. Usuários destacam que a combinação de respostas percebidas como mais lentas e menos confiáveis com restrições de uso e retirada de modelos antigos elevou o custo de adaptação sem entregar benefícios proporcionais. O resultado, por ora, é um clima de frustração e ceticismo que contrasta com o patamar de confiança que a marca havia consolidado.
Críticas ao desempenho do GPT-5 em comparação com o GPT-4o
Muitos usuários consideram o GPT-5 inferior ao GPT-4o, sobretudo em confiabilidade e capacidade de resposta. A mudança de um portfólio com diferentes modelos para uma abordagem mais unificada — em que o GPT-5 seria “suficiente” para a maioria dos casos — desagradou quem ajustava o modelo ao tipo de tarefa. Esse público enfatiza que tarefas diversas (como raciocínio passo a passo, criatividade, resumo extensivo ou precisão factual) se beneficiavam de modelos especializados.
Um tema recorrente nas discussões é o pedido para que a OpenAI permita manter os modelos antigos enquanto trabalha nas correções do GPT-5. A sugestão não é descartar a nova versão, mas oferecer uma convivência temporária que reduza riscos para quem tem dependência produtiva do ChatGPT. A crítica central é pragmática: sem uma melhoria clara e mensurável, retirar a possibilidade de escolha transforma a atualização em perda efetiva de capacidade.
Também há críticas à comunicação pré-lançamento, percebida como exagerada em relação aos ganhos reais. Em qualquer transição de geração tecnológica, há uma curva de maturação; no entanto, a promessa de um salto significativo de qualidade elevou a régua de comparação. Sem evidências robustas de superioridade consistente sobre o GPT-4o, a experiência de uso com o GPT-5 foi enquadrada por muitos como uma atualização incremental — o que, por si, não seria um problema, não fosse a retirada de opções anteriores e as limitações impostas.
Impacto nas assinaturas do ChatGPT Plus
Entre assinantes do ChatGPT Plus, a insatisfação é alimentada por dois elementos combinados: a restrição de 200 mensagens por semana para o GPT-5 Thinking e a perda de acesso a modelos considerados mais estáveis para certas rotinas. Usuários mencionam especificamente a ausência de modelos como o o4-mini e o o4-mini-high, que serviam como alternativas confiáveis em diferentes tarefas. Essa mudança impacta o valor percebido da assinatura, especialmente para usos intensivos.
A OpenAI afirma que o GPT-5 é capaz de raciocinar “quando necessário”, o que, em tese, reduziria a necessidade de um catálogo variado. Na prática, porém, uma parte dos assinantes percebeu redução de controle operacional: sem a possibilidade de escolher o modelo, a personalização do fluxo de trabalho fica mais dependente do comportamento de uma única IA. Diante desse cenário, relatos indicam que usuários estão considerando alternativas.
Como consequência, a empresa precisa endereçar problemas de desempenho com prioridade para conter evasão de assinantes. Em ambientes profissionais, limites rígidos e variação de qualidade aumentam o risco operacional. A mensagem dos usuários é clara: sem reequilibrar funcionalidade, estabilidade e liberdade de escolha, a assinatura paga deixa de entregar o valor esperado, e a fidelidade ao ecossistema é colocada em segundo plano.
Reação do público versus as promessas da OpenAI
A reação negativa ao GPT-5 contrasta com a promoção intensa pré-lançamento, amplificada por sinais simbólicos e comparações públicas. A imagem da Estrela da Morte, de Star Wars, compartilhada por Sam Altman antes da apresentação, elevou as expectativas a um patamar quase épico. Quando a experiência concreta com o produto não corresponde a esse imaginário, a frustração tende a ser maior do que em um lançamento discreto.
Outro elemento foi a comparação sugerida entre gerações: Altman afirmou que o GPT-4o seria “como conversar com um estudante universitário”, em contraste com o GPT-5. Usuários reformularam essa alegoria dizendo que o GPT-5 se comporta como um especialista com PhD, porém menos versátil. Essa metáfora, embora útil para comunicar ambição técnica, acabou reforçando a percepção de que a nova versão não se destacou naquilo que muitos mais valorizavam: desempenho geral consistente em tarefas variadas.
A lição de produto aqui é clássica: desalinhamentos entre marketing e experiência real penalizam a adoção, especialmente quando decisões estratégicas, como remover modelos legados, sacrificam redundância e previsibilidade. Em setores críticos, a confiabilidade percebida pesa mais do que promessas de inteligência “mais profunda”. Sem evidência clara de superioridade prática, o público tende a manter como referência a geração anterior, pavimentando a narrativa de “retrocesso”.
Necessidade de correção de bugs e melhorias no GPT-5
Relatos de respostas lentas e de qualidade aquém do esperado colocam a OpenAI diante de uma necessidade urgente de “iron out the launch bugs”. Em lançamentos complexos, flutuações de performance podem ocorrer, mas a combinação de latência, inconsistência e limites rígidos de uso amplifica o impacto na rotina. Para parte dos usuários, a atual experiência operacional não compensa a promessa de maior capacidade de raciocínio do GPT-5.
Esse quadro pressiona por ciclos de correção curtos, priorização de estabilidade e comunicação transparente sobre o que está sendo endereçado. A fidelidade dos fãs e assinantes está sendo testada: quando a ferramenta é central no trabalho, tolerância a falhas diminui rapidamente. A OpenAI, portanto, precisa converter feedbacks públicos em planos de ação verificáveis, com indicadores que comprovem avanços em confiabilidade e velocidade.
Há também um risco competitivo explícito: se a empresa não agir com rapidez, corre o risco de perder usuários para outras plataformas. Em mercados de ritmo acelerado, a janela para reverter percepções negativas é curta. O caminho técnico exigirá tanto melhorias de engenharia quanto ajustes de produto (por exemplo, em políticas de limites e opções de fallback), de modo a reconstruir a sensação de controle e previsibilidade para o usuário final.
Funcionalidades do GPT-5 e a percepção de “Shrinkflation”
Uma crítica simbólica emergiu nas discussões: a de que o GPT-5 seria uma espécie de “Shrinkflation” da OpenAI. O termo, usado originalmente para descrever produtos que mantêm o preço enquanto reduzem o conteúdo, foi aplicado aqui para indicar a percepção de menor valor entregue pela mesma assinatura. Como a atualização coincidiu com limites mais visíveis e perda de modelos alternativos, a analogia ganhou tração.
Usuários expressam a sensação de estar “pagando mais por menos”, seja por conta das 200 mensagens semanais do GPT-5 Thinking, seja pela retirada de modelos mais previsíveis para casos específicos. A crítica não é apenas sobre preço, mas sobre trade-offs forçados: sem rota de escape para um modelo antigo, toda a experiência depende do comportamento de uma única IA em evolução. Isso intensifica o foco em desempenho e estabilidade.
Para reverter essa leitura, a OpenAI precisa demonstrar valor de forma inequívoca: ganhos de qualidade replicáveis, melhorias mensuráveis em tarefas críticas e, se possível, mecanismos que devolvam ao usuário alguma autonomia na escolha do modelo. Sem essa prova prática, a narrativa de “Shrinkflation” tende a persistir, mesmo que, sob o capô, existam avanços de arquitetura e raciocínio que ainda não se traduziram em benefícios perceptíveis no uso diário.
O futuro do GPT-5 e a resposta da OpenAI
O futuro do GPT-5 dependerá diretamente da capacidade da OpenAI de ouvir o feedback e transformar críticas em melhorias. Isso envolve priorizar correções de bugs, otimizar latência, estabilizar qualidade e revisar decisões de produto que reduziram a sensação de controle do usuário. O objetivo imediato é reconectar a promessa técnica do GPT-5 com seus resultados práticos nas tarefas que importam ao público.
Também será crucial comunicar com clareza o que foi corrigido e por que o desempenho deve melhorar daqui em diante. Transparência sobre limitações temporárias, planos de roadmap e métricas de qualidade ajuda a reduzir a assimetria de informação e a ansiedade de quem depende do serviço. Ao mesmo tempo, mostrar compromisso visível com um produto de alta qualidade reafirma a confiança na trajetória da plataforma.
Se a OpenAI agir rapidamente, há espaço para recuperar a confiança e validar a proposta do GPT-5 como uma evolução sustentável. Caso contrário, a empresa corre o risco de ver uma erosão de sua base de assinantes para concorrentes — um movimento que, uma vez iniciado, é difícil reverter. A resposta, portanto, precisa ser técnica e relacional: corrigir o que não funciona e reconstruir o diálogo com a comunidade.
Conclusão
O lançamento do GPT-5 provocou uma onda de críticas fundamentadas, especialmente entre assinantes do ChatGPT Plus. A percepção de que o novo modelo é inferior ao GPT-4o em confiabilidade, somada à limitação de 200 mensagens por semana no GPT-5 Thinking e à remoção de modelos anteriores como o o4-mini e o o4-mini-high, moldou a narrativa de insatisfação. O contraste entre o hype pré-lançamento e a experiência relatada acentuou esse descompasso.
Os tópicos discutidos se conectam de forma clara: da recepção pública negativa à pressão por correções, passando pelo impacto direto nas assinaturas e pela metáfora de “Shrinkflation”. A expectativa era de um salto qualitativo; a realidade, até aqui, foi percebida como uma atualização incremental que restringiu escolhas e aumentou fricções. Isso explica o volume de reações em espaços como o Reddit, incluindo o tópico “GPT-5 is horrible”, com milhares de votos e comentários.
O caminho adiante depende de respostas rápidas e verificáveis da OpenAI. Corrigir bugs, melhorar desempenho, reavaliar limites e comunicar com transparência são passos essenciais para recuperar a confiança. Sem essas ações, cresce o risco de migração para outras plataformas. Com elas, o GPT-5 ainda pode se consolidar como uma evolução efetiva — não apenas no discurso, mas na prática cotidiana de seus usuários.
Referência bibliográfica
Fonte: TechRadar. “ChatGPT users are not happy with GPT-5 launch as thousands take to Reddit claiming the new upgrade ‘is horrible'”. Disponível em: https://www.techradar.com/ai-platforms-assistants/chatgpt/chatgpt-users-are-not-happy-with-gpt-5-launch-as-thousands-take-to-reddit-claiming-the-new-upgrade-is-horrible. Acesso: hoje.
Fonte: Cinco Días (El País). “OpenAI restablece GPT-4o como predeterminado en ChatGPT tras el revuelo por GPT-5”. Disponível em: https://cincodias.elpais.com/smartlife/lifestyle/2025-08-13/openai-restablece-predeterminado-gpt-4o-chatgpt.html. Acesso: hoje.
Fonte: Cointelegraph. “ChatGPT-5 Upgrade Faces User Backlash as AI Rivals Gain Ground”. Disponível em: https://cointelegraph.com/news/chatgpt-users-critical-gpt-5-ai-competition-grows. Acesso: hoje.
Fonte: Android Headlines. “OpenAI Under Fire: Why GPT-5 AI Model Is Facing User Backlash”. Disponível em: https://www.androidheadlines.com/2025/08/openai-gpt-5-ai-model-user-backlash-criticism.html. Acesso: hoje.
Fonte: Arsturn. “GPT-5 Rollout Backlash: A Case Study for AI Products”. Disponível em: https://www.arsturn.com/blog/gpt-5-rollout-user-backlash-case-study. Acesso: hoje.