por Bryan Caulkins*
O Brasil é um país paradisíaco. Maravilhosas praias, a natureza mais rica do mundo, um povo simpático, acolhedor e diverso. Também ostentamos outras características de grandeza: as maiores cidades do hemisfério sul, líder da América Latina em várias indústrias e indicadores. Até bem pouco tempo, tínhamos também uma das maiores taxas de juros entre os países emergentes. Era um verdadeiro paraíso para todos os tamanhos de Investidores: do pequeno ao institucional, a certeza de ganhos com pouco ou nenhum risco. Passamos de uma SELIC de 45% em 1994 a 2,25% em junho de 2020. O resultado foi que, com relação às economias mais desenvolvidas, temos um mercado de ações muito pequeno e pouca variedade de emissores de renda fixa (muita gente ainda associa renda fixa exclusivamente com títulos públicos). Outro aspecto não tão paradisíaco por estas bandas é que nosso combalido sistema de educação também privou boa parte da população da educação financeira. Faz pouco tempo que começou a se falar mais sobre o tema.
Comparando resultados locais com as oportunidades de fora, podemos constatar uma disparidade de resultados: de julho de 2007 a maio de 2020 o Ibovespa rendeu em reais cerca de 3,8% a.a., contra 6,6% a.a. do S&P500, índice referência do mercado de ações nos EUA, em dólares.
Quando colocamos o câmbio no jogo com um aumento de 74% no período, temos um ganho anual de cerca de 9,6% a.a. para o investidor brasileiro. Nada desprezível. A quantidade de títulos renda fixa brasileira não soberana, ou seja, títulos de empresas, é minúscula. Mesmo somando título púbicos, a variedade é muito pequena, o que limita as opções de estratégia e diversificação. Por isso neste cenário desafiador, a saída de capitais do Brasil aumentou consideravelmente e parece indicar que o câmbio Real / Dólar vai permanecer desvalorizado por muito tempo. Aos Investidores que tenham somente contas locais, vai ficar muito mais difícil obter boas rentabilidades no Brasil somente, além de ter que amargar as recentes perdas frente ao Dólar.
Ao considerar ter posições de investimentos fora do País, a primeira vantagem é a proteção contra a desvalorização do câmbio, o que automaticamente protege o Investidor da inflação. Não dá para se desprezar o Dólar, moeda 202 anos mais antiga que o nosso Real. Outra vantagem apreciável é a variedade de opções de ativos. Por vezes o Investidor acredita estar diversificado com sua carteira local, quando na verdade todos aqueles fundos nos quais investiu coincidem enormemente na compra dos mesmos papéis (ações e títulos públicos). Ao ter recursos fora, o Investidor pode potencialmente acessar USD 103 trilhões em papéis de renda fixa e quase USD 75 trilhões em ações, algo como 60 vezes o PIB do Brasil. O acesso a este mercado pode ser feito de várias formas, como contas em bancos, corretoras, estruturas como empresas offshore, fundações, trusts ou através de gestoras, como a Proxy Financial, uma gestora de ativos independente, sem conflitos de interesses e limitações de mercado. A forma de ir ao exterior depende dos objetivos do investidor, mas de forma genérica recomenda-se que de 20 a 50% do patrimônio formado deva estar em Dólares. Para aqueles Investidores em processo de formação de reservas, algo como 20 a 30% são recomendáveis. Coisas como prazo (de preferência quando maior, melhor), estrutura de impostos, objetivos, tolerância ao risco.
Dependendo da forma escolhida, até mesmo os impostos que incidem sobre os ganhos com investimentos offshore podem ser menores que os cobrados localmente.
É indispensável conversar com um profissional que possa auxiliar ao Investidor à hora de tomar as decisões de internacionalizar sua carteira. Na Proxy, por exemplo, além de acessarmos mais de 14 mil opções de investimentos, nós fazemos também uma gestão ativa dos investimentos, o que nos proporciona criar carteiras administradas customizadas, mediante ao perfil e objetivos de cada cliente.
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*Bryan Caulkins é International Financial Advisory